segunda-feira, 19 de março de 2012


ACADÊMICA: JAKELINE AQUINO RIBEIRO
TURMA: A  CURSO: PÓS EM EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS LINGUAGENS

O livro recomendado para a leitura e estudado para elaboração da resenha crítica aborda o tema registro de práticas na educação infantil e os aspectos que a envolvem, como: formação de professores, desenvolvimento profissional, memória e autoria. Visando a melhoria na qualidade de ensino e uma educação significativa, formativa e transformadora.
            O texto discorre primordialmente sobre o registro, visto como referencia a ação de escrever sobre a prática pedagógica. Como documentação, como pensamento, como desenvolvimento profissional, como valorização do complexo oficio de educar crianças pequenas.
Com intuito de conceituar e dar significado ao termo “registro”, a autora estabelece o que chama de “dialogo”. apresentando teorias, pensamentos e registros de autores  como Madalena Freire (1983,1996), Paulo Freire (1993), Cecília Warschauer (1993, 2001), Miguel Ángel Zabalza (1994) e Júlia Oliveira-Formosinho (2002). Neste dialogo destaca-se a escrita, como oportunidade formativa, possibilitando a construção da autoria, a teorização das praticas, a construção de histórias e de identidade. O registro favorece a reflexão e possibilita a construção de memória e da história, enfatizando o papel do diálogo e da experiência grupal na formação. Destacasse também a importância da socialização de experiências para a formação do professor e do registro de práticas como instrumentos que favorece a divulgação e a publicação de experiências.
Registrar pode ser considerado um ato de estudar, o que pressupõe observação e leitura da realidade, construção de sentido para aquilo que nos é apresentado. Assim como está ressaltado no texto sua importância, registrar, não é processo simples, pois demanda tempo, envolvimento, disciplina e o resultado não é obtido de uma hora pra outra. Muito pelo contrario as transformações que esta ação implica são construídas passo a passo. Registrar a pratica não é apenas escrever sobre ela; registro é relato, narrativa, descrição e ainda mais. Registrar é refletir, planejar, avaliar.
Ao se pensar no papel do registro na formação docente, somos necessariamente impelidos a refletir sobre a relação do educador com a escrita, com a formação de professores e com sua atuação; é preciso que o professor se torne leitor e escritor para poder proporcionar aos educandos a experiência com a linguagem. Contribuindo para que professores e alunos se percebam como produtores e autores de sua história.
A linguagem é concebida como possibilidade de comunicação, de expressão, de pensamento. Neste contexto o texto ressalta a necessidade de proporcionar aos professores acesso ao mundo da literatura, da arte, da cultura, em um processo no qual a formação passa a ser compreendida como formação cultural. O registro demanda escrita, linguagem, pensamento, produção, leitura. Leitura como atribuição de sentido à realidade, às reações das crianças, ao papel de educador, à escola, às relações escola-comunidade, ao contexto social, às políticas, ao sistema. Na qual razão, emoção e sentidos se inter-relacionam na construção do significado ou dos múltiplos significados.

Desenhos e imagens podem ser considerados formas de registro, especialmente no caso da criança. Nesse contexto, entendesse a criança como produtora de registros, construtora de cultura, de história. Os registros produzidos pela criança unem-se aos do professor na construção de um relato, uma narrativa. Seus registros podem ser lidos, pois expressam pensamento, conhecimentos, hipóteses. Ampliando a concepção de registro, percebendo-o como expressão, comunicação, pensamento, identifica-se também o desenho como forma privilegiada de linguagem.
Produzidos como forma de expressão, observa-se que o desenho antecede a escrita e é utilizado pelas crianças como linguagem, servindo à expressão de sentimentos, à comunicação, ao registro de informações. A linguagem escrita é, inicialmente, composta de signos que designam os sons e as palavras da linguagem falada. Pensamento e linguagem encontram-se intrinsecamente relacionados: a linguagem, o pensamento simbólico, habilita o ser humano a planejar, prever ações, transformar.
 O pensamento é formulado, expresso por meio de palavras. O que remete ao processo de formação de professores e, mais especificamente, ao registro de práticas como instrumento de reflexão e de melhoria da qualidade do ensino, vinculado a outras ações.
Martins (1999), um dos grandes pensadores em destaque no texto, defende a existência de diferentes formas de expressão do pensamento, seja pela linguagem escrita, seja por intermédio da linguagem não verbal – o que denomina “reflexão estética”. Uma imagem é texto a ser lido, interpretado, assim como fazemos como a palavra escrita.
Como professores, devemos reconhecer a capacidade das crianças e organizar situações em que possam expressar seu pensamento, registrar descobertas, escrever de acordo com seus conhecimentos sobre o código naquele momento, produzir marcas.
O livro também trata da história da educação infantil no Brasil, das etapas percorridas para que se desse a devida importância ao registro infantil e suas características. A literatura em questão revela pesquisas documentais sobre registros de práticas produzidos por professores de diferentes etapas históricas da educação infantil. Porem destaca, escassos a existência de registros, muitas vezes por serem documentos de cunho pessoal ou por não serem devidamente valorizados.
O registro ainda está identificado como atitude individual, como produção do professor para si mesmo, já que as possibilidades de interlocução com outros professores e com a coordenação ainda são bastante restritas. Para alcançar seu objetivo formativo, o registro não pode ser tarefa individual e solitária, a reflexão não se da no vazio, mas é pautada em saberes que o professor possui ou precisa construir para poder atuar de maneira mais adequada, tendo em vista a  aprendizagem e a formação de seus alunos.
De maneira geral, o conteúdo da obra é de suma importância para nossa pratica, pois registrar é ler a realidade, observar, pensar, agir é conhecer, entender, refletir para poder transformar. Mas para que as idéias, sobre registro, do texto sejam postas em prática é necessário uma mudança no sistema educacional que ainda não valoriza e fornece condições aos professores para a pratica e reflexão do registro.





ACADÊMICA: ROSELY GOMES GRANJEIRO
TURMA: A  CURSO: PÓS EM EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS LINGUAGENS
Ao fazer a leitura do livro Educação Infantil e Registro de Práticas de Amanda Cristina Teagno Lopes, publicado em 2009, pela editora Cortez, a autora descreve pontos relevantes sobre a importância do registro na prática docente. E para situar o leitor essa obra está dividida em IV capítulos: Sobre o registro; Registro de memória do registro; O registro de práticas pedagógicas produzido por professores; Considerações finais.
E fazendo uma analise detalhada em relação a prática de Registro, pode-se observar que  é um instrumento importante no qual os professores utilizam-no para adquirir elementos e fazer possíveis intervenções com formulações de hipóteses de aprendizagem no decorrer do ano letivo.Quando se trata de registrar, surge o conflito interno: O que registrar? Registrar para que?
Registrar fazendo com que seu olhar tome múltiplas dimensões, pois envolvem experiências, pensamentos, sentimentos e desejos, tais aspectos devem ser observado diante da relação professor e aluno.
E diante do processo de mediação o professor registra valorizando o que o aluno traz de conhecimento já formado e a partir desse registro pode-se planejar e replanejar sua pratica. Pois segundo Micarello:
Além do planejamento, os registros são fundamentais para o acompanhamento desse processo de inserção e para a continuidade do trabalho pedagógico.(MICARELLO 2010 p.38)
Quando se trata de fazer registros sobre o cotidiano escolar, torna-se possível o distanciamento entre a ação do que foi registrado, podendo ajudar o educador a planejar, revisar e refletir sua postura docente.
Ao escolher o processo seja ele para registrar, avaliar o professor deve-se atentar aos critérios adotados, buscando sempre a qualidade não a quantidade, pois  a diversidade do que se deve trabalhar tem que contemplar a sua clientela, valorizando a potencialidade de fatores que interferem nos juízos avaliativos.
Permitindo-se fazer uma reflexão sobre seu trabalho dá-se a importância de repensar as competências profissionais, que permite contribuir permitindo para a identificação de pontos positivos e negativos, pois como mediador desse processo o professor deve ter um olhar apreciativo em relação à produção de cada aluno tomando o cuidado com depreciação, pois o aluno é construtor do processo de registro um protagonista dessa prática.  Para Hoffmann:      
O educador/mediador oportuniza e favorece processos de reflexão do educando sobre suas ações (abstração reflexionaste),oportunidades de refletir sobre a própria experiência de estabelecer relação entre idéias e ações, dê perceber diferentes pontos de vista para reconstruir suas experiências no plano mental, evoluindo em termos do desenvolvimento moral e intelectual.  (HOFFMANN 2005 p.23)
E neste contexto onde o registrar a pratica de aprendizagem e tão importante, o professor como sujeito dessa conjectura deve-se além de fazer uma reflexão criticamente detalhada sobre sua profissão deve também se posicionar flexivamente diante das mudanças. Para que esse mesmo professor possa exercerem promover aprendizagens significativas, deve investir em ações formativas a partir de praticas reflexivas e investigativa na sua vida profissional.Segundo o autor:
O papel do professor básico precisa mudar da situação atual marcada pela mera transmissão copiada de conhecimento, mero intermediário repassador, para a condição ativa, dinâmica de (re) construtor de conhecimento. Porquanto competência não se transmite,reproduz,imita, copia. Constrói-se. (DEMO 2002 p.10)
Assim, pôde-se pensar principalmente sobre os variados recursos metodológicos utilizado no espaço escolar para fazer registros como: portfólios, desenhos, registros de memórias,observação,pois tornam-se documentos importantes para acompanhamento dessa criança.
Esse processo alimenta aquilo que vem sendo denominado internacionalmente, como documentação pedagógica, isto é, os registros dos fazeres das escolas, dos professores e das crianças de educação infantil. (BARBOSA,HORN 2008 p.43)
E fazendo uma leitura mais apurada em relação ao livro, pode-se perceber que a autora se atenta muito em relação aos afazeres educativos.O que poderá ampliar meus conhecimentos e até mesmo poder fazer uma critica a minha pratica docente, e pensar em como atribuir esse saber na educação infantil para analise qualitativa do seu desenvolvimento e aprendizagens.
Pois registrar se faz diariamente é um processo continuo, relacionando-o aos conteúdos trabalhados em sala. Mas para que isso aconteça é necessário uma mudança por parte de educador, pensar no registro não como classificatórios ou para serem usados como promoção, más sim como um meio de ver ,sentir e mediar as dificuldades dos alunos.

sábado, 17 de março de 2012


      ACADÊMICA: ENEDINA ANTONIA RODRIGUES

      CURSO: EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS LINGUAGENS

      RESENHA CRÍTICA DO LIVRO “EDUCAÇÃO INFANTIL E REGISTRO DE PRÁTICAS

      O livro “Educação Infantil e registros  de práticas da autora a AMANDA CRISTINA TEAGNO LOPES”, ( São Paulo:Ed. Cortez, 2009) faz uma reflexão sobre a importância  dos registros  no dia  a dia  das crianças  inseridas na Educação Infantil, as análises feitas  no livro, apontam que em outras fases da Educação Infantil os professores já faziam  alguns registros, cada exemplo analisado, enfatiza as diferentes formas  de registros feito pelos professores, cada um tinha  um modelo de fazer seus registros, ora faziam observando apenas o comportamento  e interesse das crianças diante de algumas atividades, ora observando o avanço da aprendizagem  e desenvoltura de cada um. Diante de cada análise feita, a autora ressalta a importância de cada registro, pois cada criança demonstra de um jeito os seus interesses e habilidades. Percebe-se também que é através do registro e da observação e da escuta atenta e cuidadosa a criança é que se encontra uma forma de realmente enxergá-las. As manifestações das crianças começam antes mesmo delas falarem, mas só conseguem interpretá-las um observador bem atento nas particularidades de cada uma.
       Nos registros apresentados no livro observa-se que no estágio da observação e da escuta as experiências são recíprocas, pois ao observar o que as crianças aprendem, o observador aprende com elas, por isso, que o registro é fundamental e significativo. Fica explícito que  a observação, a interpretação, a documentação são as estruturas do trabalho docente, podendo ser feito de forma diversificadas, Mesmo que o professor não tenha inteiramente consciência  da importância dos registros, eles direcionam a importante a prática docente as ações e concepções.
        O registro na Educação Infantil é necessário, pois é uma forma de avaliar cada criança, pois conforme a lei de diretrizes e bases da Educação, referente à educação Infantil, artigo 31, preconiza que (...) a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.
        Dallberg, Moss e Pence (2003) concebem e apresentam uma concepção de criança como co-construtora de conhecimento, identidade e cultura, um sujeito que tem vez e voz. Eis as características apontadas por eles:
                             
A infância é uma construção social, elaborada para e pelas crianças, em um conjunto ativamente negociado de relações sociais; a infância como construção social é sempre contextualizada em relação ao tempo, ao local e à cultura, variando segundo a classe, o gênero outras condições socioeconômicas. Por isso, não  há  uma  infância natural nem universal, e nem uma criança natural ou universal, mas                                                                         muitas infâncias e crianças; As crianças são atores sociais,   participando da construção e determinando suas próprias vidas, mas também a vida daqueles que a cercam e das sociedades em que  vivem; Os relacionamentos sociais e culturais das crianças são dignos de estudo por direito; as crianças têm voz própria e devem ser ouvidas de modo a serem consideradas com seriedade,  envolvendo-as diálogo e na tomada de decisões democráticas, e para se estender a Infância. (2003, p.71).

sexta-feira, 16 de março de 2012


ACADÊMICA: ALESSANDRA RODRIGUES PEIXOTO

TURMA: A  CURSO: PÓS EM EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS LINGUAGENS
 O livro Educação Infantil e Registro de Práticas autoria de Amanda Cristina Teagno Lopes, (São Paulo: Ed. Cortez, 2009) está dividido em quatro capítulos: sobre o registro, registro e memória, memória do registro, o registro de práticas pedagógicas produzidos pelos professores além das  considerações finais da autora. Amanda Cristina procura expor em sua obra a importância do registro como mecanismo formativo de reflexão da prática docente.  Ela ressalta que o professor se torna o produtor de saberes e experiências, e a sua busca deve ser a de, sempre que possível, transformar a prática docente para melhoria da qualidade de ensino. A autora do livro levanta a necessidade  da observação, experimentação e pesquisa como pilares para formação, autoria e legitimação dos saberes produzidos na prática pedagógica.                 
A autora ainda procura definir o significado do registro bem como a sua importância. Para isso ela traça um diálogo com diversos pesquisadores, com o objetivo de compreensão da temática apresentada. O diário docente, utilizado por parte dos professores, é destacado como um importante instrumento de registro de forma que, por meio deste, o profissional medita sobre a própria ação. O mesmo entendimento sobre o registro tem Zabalza, que aponta: “... no diário o professor expõe, explica e interpreta a sua ação cotidiana na aula e fora dela” (1994 p.91  apud Lopes 2009 p.29). Tendo como base o diálogo entre Amanda e Zabalza, é observado que o registro assume o papel essencial para a prática docente de modo que oportuniza a análise, observação, reflexão, além de criar a possibilidade de formação em serviço. Ainda sobre esta possibilidade, existe dentro da obra Amanda Cristina, a tese de Warschauer: “A escrita, como oportunidade formativa, possibilita a construção da autoria, a teorização das práticas, a construção de histórias e de identidade” (2001 apud LOPES 2009 P. 32). O registro é ponto inicial para a reconstrução de uma nova prática devido à oportunidade de um olhar mais atento, questionador e crítico sobre sua ação. Segundo o diálogo entre a autora e Madalena Freire, a partir deste olhar, é possível permitir aprimorar a leitura da realidade e, ainda, intervir sobre a mesma.
O registrar de sua reflexão cotidiana significa abrir-se para seu processo de aprendizagem, significa perguntar, questionar-se, inquietar-se perante o observado, o que leva à busca, à transformação, à ampliação do pensar. (1996 p.6 apud LOPES 2009 P.33)
                  Amanda Cristina ainda levanta outra questão: a importância da leitura para ampliação de um novo olhar da realidade. Segundo ela, aquele que se utiliza da leitura alça ‘vôos altos’ e consegue construir e reconstruir seu conhecimento. “Leitura e escrita como ações ligadas ao ato de conhecer[...]”. Desta forma, a autora reconhece que o registro é uma ferramenta indispensável para legitimação dos saberes produzidos na prática pedagógica.
O fato é que, apesar da maioria dos professores ter a consciência de que o ato de registrar têm seu valor, atualmente isto deixou de ser prática reflexiva para se tornar uma ação burocrática. Apenas se busca, com o registro, apresentação de dados quantitativos do desempenho escolar.
Um exemplo deste desleixo é o desenho, que por vezes não é visto como um registro significante. Nas escolas o considerado relevante são os registros da escrita principalmente nas salas da pré-escola. Este registro da escrita é visto como uma preparação para série posterior, isolando as linguagens musicais, artes e movimento. Nesta perspectiva a autora  procura em seu texto chamar a atenção dos educadores para importância  deste tipo de registro pois através deles podemos perceber estilos, pensamento, sinais de sua história, memórias e a própria identidade tornando-se autores de seu próprio conhecimento.   

O desenho representa muito mais que um exercício agradável no período infantil. É o meio pelo qual a criança desenvolve relações e concretiza alguns dos pensamentos vagos que podem ser importantes para ela. Desenhar torna-se  uma experiência de aprendizagem.
(LOWENFELD E BRITTAIN, 1970, p.159 apud Lopes 2009 p.56)

            Por um lado, tendo a consciência da importância e necessidade do registro, há de se abrir uma pausa para a discussão: A falta de tempo dos docentes para a leitura e estudo de obras que embasem a sua prática. Somente preencher papéis sobre o rendimento dos alunos e ainda o tempo dedicado a planejamento de aula torna difícil a troca e a aquisição de novas experiências. A educação ainda é contraditória, ela busca a qualidade, entretanto, a sua organização está mais para os dados quantitativos.