sábado, 17 de março de 2012


      ACADÊMICA: ENEDINA ANTONIA RODRIGUES

      CURSO: EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS LINGUAGENS

      RESENHA CRÍTICA DO LIVRO “EDUCAÇÃO INFANTIL E REGISTRO DE PRÁTICAS

      O livro “Educação Infantil e registros  de práticas da autora a AMANDA CRISTINA TEAGNO LOPES”, ( São Paulo:Ed. Cortez, 2009) faz uma reflexão sobre a importância  dos registros  no dia  a dia  das crianças  inseridas na Educação Infantil, as análises feitas  no livro, apontam que em outras fases da Educação Infantil os professores já faziam  alguns registros, cada exemplo analisado, enfatiza as diferentes formas  de registros feito pelos professores, cada um tinha  um modelo de fazer seus registros, ora faziam observando apenas o comportamento  e interesse das crianças diante de algumas atividades, ora observando o avanço da aprendizagem  e desenvoltura de cada um. Diante de cada análise feita, a autora ressalta a importância de cada registro, pois cada criança demonstra de um jeito os seus interesses e habilidades. Percebe-se também que é através do registro e da observação e da escuta atenta e cuidadosa a criança é que se encontra uma forma de realmente enxergá-las. As manifestações das crianças começam antes mesmo delas falarem, mas só conseguem interpretá-las um observador bem atento nas particularidades de cada uma.
       Nos registros apresentados no livro observa-se que no estágio da observação e da escuta as experiências são recíprocas, pois ao observar o que as crianças aprendem, o observador aprende com elas, por isso, que o registro é fundamental e significativo. Fica explícito que  a observação, a interpretação, a documentação são as estruturas do trabalho docente, podendo ser feito de forma diversificadas, Mesmo que o professor não tenha inteiramente consciência  da importância dos registros, eles direcionam a importante a prática docente as ações e concepções.
        O registro na Educação Infantil é necessário, pois é uma forma de avaliar cada criança, pois conforme a lei de diretrizes e bases da Educação, referente à educação Infantil, artigo 31, preconiza que (...) a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.
        Dallberg, Moss e Pence (2003) concebem e apresentam uma concepção de criança como co-construtora de conhecimento, identidade e cultura, um sujeito que tem vez e voz. Eis as características apontadas por eles:
                             
A infância é uma construção social, elaborada para e pelas crianças, em um conjunto ativamente negociado de relações sociais; a infância como construção social é sempre contextualizada em relação ao tempo, ao local e à cultura, variando segundo a classe, o gênero outras condições socioeconômicas. Por isso, não  há  uma  infância natural nem universal, e nem uma criança natural ou universal, mas                                                                         muitas infâncias e crianças; As crianças são atores sociais,   participando da construção e determinando suas próprias vidas, mas também a vida daqueles que a cercam e das sociedades em que  vivem; Os relacionamentos sociais e culturais das crianças são dignos de estudo por direito; as crianças têm voz própria e devem ser ouvidas de modo a serem consideradas com seriedade,  envolvendo-as diálogo e na tomada de decisões democráticas, e para se estender a Infância. (2003, p.71).

Nenhum comentário:

Postar um comentário